Com uma proposta diferente, o município de Ji-Paraná (RO) deu um passo importante ao reconhecer oficialmente a urgência de cuidar de quem cuida. O lançamento do Projeto Abraço Acolhedor não só encerrou a Semana da Mãe Atípica de 2025, como também abriu caminhos para um novo paradigma: colocar as mães atípicas no centro das políticas públicas de saúde mental e assistência.

Trata-se de uma iniciativa social que promove uma ação conjunta para cuidar de quem cuida, oferecendo suporte emocional, escuta qualificada e acolhimento às mães atípicas do município. “O projeto Abraço Acolhedor’ nasceu da dor’, das minhas vivências e da necessidade urgente de acolher outras mães que, assim como eu, enfrentam batalhas diárias silenciosas”, revelou Leide Daiana, idealizadora do projeto e mãe de Emanuel, de dez anos, diagnosticado com autismo.

Nasceu da dor e foi ecoado na voz de Leide, que foi ouvida, inicialmente, pelo jovem vereador Wallison Amaro — com trajetória em ações sociais na comunidade católica — e que prontamente transformou a ideia do 'Abraço Acolhedor' em proposta legislativa. Hoje, o projeto é lei oficial no município."

Ação em conjunto

O Projeto Abraço Acolhedor será conduzido pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), e deve seguir o plano original de uma atuação conjunta e humanizada, para garantir acolhimento real às mães de filhos com deficiência.

Objetivo principal: “Cuidar de quem cuida”

A proposta é reconhecer, escutar e fortalecer emocionalmente essas mães, muitas vezes sobrecarregadas, invisibilizadas e negligenciadas pelas redes formais de assistência e saúde mental.

Dentre as ações previstas estão rodas de conversa com psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais; atendimentos em grupo e individuais; fortalecimento da rede de apoio com capacitações e encontros periódicos; articulação junto ao SUS e escuta permanente das mães atípicas — reconhecendo que o projeto nasceu da voz de uma delas.

Segue o vídeo institucional do lançamento do projeto "Abraço Acolhedor":