Na vida de Marina Bezerra de Lima, a arte se manifesta em cores, texturas e expressões emocionais profundas. Nascida em Porto Velho, filha de Marxlene Bezerra e Marcelo Alves de Lima, Marina desde cedo demonstra um olhar sensível para o mundo, repleto de detalhes que só a arte é capaz de revelar.

Diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos cinco anos de idade, ela encontrou na pintura não apenas uma forma de expressão, mas um refúgio emocional e um canal de comunicação com o mundo.

Seu talento começou a florescer aos 12 anos, ainda no ambiente escolar, onde surpreendia professores com sua coordenação motora refinada e domínio dos contornos, linhas e demais elementos de uma composição artística.

A mãe, Marxilene, se diz orgulhosa pelas superações da filha através da arte

Diante do potencial evidente, Marina passou a ter aulas com a professora de arte Magali Queiroz, que vem acompanhando seu desenvolvimento técnico e criativo. Hoje, a artista utiliza a técnica de pintura a óleo acadêmica, demonstrando não apenas domínio estético, mas também sensibilidade para compor obras que emocionam e instigam quem as contempla.

Para Marina, pintar é muito mais do que uma atividade criativa. É um processo que estimula atenção, concentração, autoestima e expressão emocional — elementos fundamentais para sua autonomia, bem-estar e inclusão.

A história de Marina reforça a importância da arte como ferramenta de desenvolvimento e expressão para pessoas autistas. Seu percurso é um exemplo de como a cultura e a educação inclusiva podem revelar talentos, valorizar a diversidade e contribuir para uma sociedade mais sensível às diferentes formas de ser, sentir e comunicar.