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Porto Velho,17/07/2025

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Quase 4 mil estudantes autistas na rede municipal de João Pessoa expõem urgências

Os dados foram apresentados pela coordenadora de educação especial do município


Quase 4 mil estudantes autistas na rede municipal de João Pessoa expõem urgências A sessão reuniu mães de crianças com deficiência e representantes de instituições /Foto: Divulgação

A rede municipal de João Pessoa iniciou o ano letivo de 2025 com 6.610 estudantes da educação especial, sendo 3.727 alunos com diagnóstico de autismo, distribuídos em 210 unidades escolares. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (19) pela coordenadora de educação especial do município, Rejane Lira, durante uma sessão especial na Câmara Municipal que debateu a luta das mães atípicas.

Rejane foi categórica ao afirmar que a educação sozinha não dá conta das múltiplas demandas desses estudantes. “Precisamos fazer um elo com a saúde. Nós estamos juntos. É impossível falar de inclusão sem uma rede intersetorial que funcione na prática, com diálogo entre educação, saúde e assistência social”, enfatizou.

A fala de Rejane expôs uma realidade muitas vezes ignorada: o crescimento expressivo da matrícula de estudantes neurodivergentes, especialmente autistas, que hoje representam a maioria dentro do público-alvo da educação especial no município. Isso exige políticas públicas integradas e recursos adequados para atender não só o aluno, mas também sua família.
Mães atípicas reforçam lacunas e exigem escuta ativa

A sessão, proposta pelo vereador Luís da Padaria (Agir), reuniu mães de crianças com deficiência e representantes de instituições. Entre os relatos, o destaque foi para a solidão e a falta de orientação vivida pelas famílias após o diagnóstico.

“Quando você se descobre mãe atípica, você perde o chão. Depois do choque, você vai atrás de ajuda e não encontra. A falta de informação e de apoio prático ainda é gigante”, desabafou Geysiane Oliveira, mãe de um menino de seis anos com autismo.
Representantes defendem visibilidade e protagonismo das famílias

A presidente da Cifa Brasil, Helena Cavalcante, reforçou que momentos como esse devem garantir microfone aberto para as mães, que raramente têm espaço nas decisões. “Os gestores falam o tempo todo. As mães precisam ser ouvidas.”

Uiliana Araújo, do Instituto dos Cegos de João Pessoa, completou: “É com grande alegria que estamos aqui para dizer ao mundo que a mãe atípica precisa de um olhar diferenciado. Em meio a tantas dores e lutas diárias, é preciso garantir atenção real às famílias.”




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